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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

América Latina


A América Latina é formada por 21 países, onde em 16 deles, a língua oficial é o espanhol. E as cinco exceções são: Brasil (portuguê), Haiti (francês), Porto Rico (duas línguas oficiais - espanhol e inglês), Paraguai (espanhol e guarani) e Peru (espanhol, quéchua e aimara).

Nota-se a extrema influência dos idiomas indígenas na América Latina, países como Peru e Paraguai possuem idiomas indígenas como línguas oficiais. Porém, no Peru o Aimara e o Quéchua são consideradas oficias perante a constituição, mas na prática possuem um papel secundário, sendo usadas e estudadas apenas dentro de pequenas comunidades indígenas. Já no Paraguai, o Guarani é tido como segunda língua nacional e é ensinada nas escolas. O Guarani moderno paraguaio é um caso bastante especial, pois 60% da população o falam nos ambientes familiares, deixando o espanhol para ocasiões formais. Aquele deriva do dialeto sulista da língua tupi – guarani, outrora falado pelos índios guaranis que viveram no sul do Brasil, nordeste da Argentina e Paraguai. Atualmente ainda existem diversos falantes puramente indígenas de dialetos guaranis no Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.


TABELA DE IDIOMAS INDÍGENAS NA AMÉRICA LATINA :

IDIOMAS

LOCALIDADE E CARACTERÍSTICAS

Andina-Equatorial

Inclui muitas das línguas indígenas vivas mais importantes, como o quéchua dos antigos incas, o aimara, o arauaque e o tupi-guarani.

Penutiana

Inclui as línguas maias (iucateca, quiché, cakchiquel etc.), o mapuche ou araucano do Chile, o uru da Bolívia, o extinto mochica do litoral peruano (outrora utilizado pela civilização Chimu) e o extinto puquina da bacia do Titicaca (que pode ter sido a língua da desaparecida civilização de Tiwanaku e também a "língua secreta" da família imperial incaica), além de várias línguas outrora faladas na costa oeste da América do Norte.

Asteca-Tanoana

Inclui o náhuatl (falado pelos antigos astecas e toltecas e por seus descendentes), tarahumara e pima-papago no México, além de várias línguas do sudoeste da América do Norte, como comanche, hopi e shoshone.

Oto-Mangueana

Inclui o otomi, o misteca e o zapoteca, línguas do centro e sul do México, faladas por povos que também foram importantes para as antigas civilizações mexicanas.


Macro-Chibcha

Inclui várias línguas faladas na América Central, Colômbia, Venezuela e Amazônia, como guaymi, epera e cuna (Panamá), ianomami ou guaicá (Venezuela e Brasil) e paez (Colômbia), além da língua da desaparecida civilização dos chibchas ou muíscas da Colômbia.

Jê-Pano-Caribe

Inclui 200 línguas sul-americanas, incluindo o caribe (litoral do Caribe), mataco (norte da Argentina e Paraguai) e a maioria das línguas indígenas brasileiras, como o xavante, apinajé, bororó, caiapó, carajá, maxacali, pataxó, krenak, kaingang, xerente etc. É a única das maiores famílias que aparentemente não esteve associada a nenhuma civilização indígena do passado.


A expressão America Latina, ganhou força com a criação da CEPAL, após a Segunda Guerra Mundial, que designava essa expressão como siupar um conjunto de países com semelhantes características, sendo estas, culturais, éticas, políticas, sociais e econômicas.

Mesmo hoje, com a consolidação do termo America Latina, ainda é difícil definir uma "identidade latino-americana", devido aos fortes preconceitos de obras existentes sobre o tema. Como defende a autora Maria Ligia, que diz que o Brasil é e não é América Latina, no trecho: "O Brasil afirma-se como América latina em diversas manifestações políticas, de acordo com seus interesses, mas por outro lado, nega sua identidade, ignora, desqualifica e forma estereótipos negativos em relação ao mundo".

Dança Latina

Fonte: Google Imagens


Um assunto bastante relevante é a maneira em que se deu a Urbanização da América Latina. Esta ocorreu de modo desordenado e excludente, e por isso nota-se uma falência em moradias adequadas e serviços urbanos essenciais, como saneamento básico e coleta de lixo, o que gerou grandes contrastes, ou seja, de um lado grandes edifícios e excelente infra-estrutura e de outro bairros carentes e precários, onde a violência é muitas vezes adotadas como mecanismo de sobrevivência.

Já a historia da América Latina é marcado por um passado opressor e uma economia agrícola e mineradora com o objetivo de gerar lucro para as potências dominadoras. A opressão de governos centralizados produziu muitos genocídios e caos social. De modo que ocorreram várias revoltas.

Alguns historiadores definiram que quatro eventos podem ser analisados como tentativas de romper com o domínio imperialista existente na América Latina, pois todos criticavam o domínio internacional em seus territórios e buscavam introduzir mudanças sociais para a população. E foram: Revolução Mexicana, Revolução Boliviana, Revolução Cubana e Revolução Peruana.

Atualmente a América Latina continua enfrentando problemas referentes às grandes diferenças sociais e também problemas com o trafico de drogas, com a formação de cartéis e envolvimentos de guerrilhas.


Dica de Vídeo: Entrelinhas - Eduardo Galeano

Entrevista com o escritor uruguaio Eduardo Galeano, autor de As Veias Abertas da América Latina - um clássico sobre a exploração dos países latino-americanos pelo imperialismo econômico.


Kamila Silva, Daniele Collety, Dyerickson Cordeiro e Gabriela Cavassini



Legenda da primeira imagem: Mapa da América Latina

Fonte da primeira imagem: http://afn-auxiliador.blogspot.com/2010/05/america-latina.html

Legenda da terceira imagem: Contraste social no Chile

Fonte da terceira imagem: http://depositomaia.blogspot.com/2010/11/idh-divulgado-hoje-mostra-que-governo.html


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