Páginas

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Oriente Médio – algo além de conflitos?



O conceito de Oriente Médio, primeiramente denominado Oriente Próximo, foi criado por europeus em meados do século XX para identificar
a região dominada pela cultura árabe-mulçumana. Sua população compreende 300 milhões de habitantes sendo a maior parte composta por árabes, persas e turcos.Há predominância de clima seco, principalmente pelo deserto do Saara e Arábico, justificando a importância de sua bacia hidrográfica (rios Eufrates, Nilo e Jordão). A principal atividade econômica é a exploração petrolífera correspondendo a 60% de toda a produção mundial com destaque para Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos.

Algumas fontes defendem que o Oriente Médio constitui-se por 17 países, enquanto outras apresentam apenas 15. A divergência se dá pela inclusão de Afeganistão e da parte asiática do Egito. Por outro lado, existe a denominação Grande Oriente Médio que considera os países que sofrem influência cultural do Oriente Médio e engloba, além disso, Paquistão, o norte africano parte da Ásia Central, no entanto, limitaremos nossa análise à definição tradicional.



A história da região tem seus primórdios no século XVII a.C., registrados no Torá (para os islâmicos e judeus) ou Pentateuco (para os cristãos), onde narra-se a trajetória dos povos árabes (ismaelitas) e israelitas o que explicaria a origem de parte dos conflitos, sejam eles geográficos, religiosos, econômicos e políticos.

No Oriente Médio, a diversidade étnica não se restringe aos limites territoriais, por exemplo, o termo “árabe” não refere-se à uma nacionalidade, mas à um povo. Com exceção de Irã (persas), Turquia (turcos), Israel (judeus), e outros em menor número, os demais países da região têm em comum a ascendência árabe, também chamada de cultura árabe, que envolve entre outras tradições a religião Islâmica.

O Islã, subdivide-se, basicamente, entre xiitas e sunitas. A origem de tal separação é explicada na discordância na sucessão da liderança religiosa após a morte de Maomé. Enquanto os sunitas são conhecidos como tradicionalistas, os xiitas demonstram-se fundamentalistas, o que constitui, dentre muitas, outra razão conflituosa para a região. Conflitos estes, caracterizados por aspectos como o caso de curdos (apátridas) que lutam pelo reconhecimento de seus territórios. Ou ainda exemplificados pelas recentes Guerras do Golfo (1990 – 1991), Iraque (2003) e principalmente nos conflitos entre Israel e Palestina.

Enquanto internacionalistas, podemos observar outros exemplos para além de conflitos. Atribuindo relevância à diversidade cultural como forma de valorização, bem como seu desenvolvimento social e econômico, analisamos o caso de Israel, com inúmeros avanços nas áreas das ciências e tecnologias (invenção do pen drive).

Tais progressos aliados à maior abertura da política têm permitido seu fortalecimento econômico e o firmar de acordos internacionais, inclusive com o Brasil. Outro bom exemplo é intensa atração de fluxo de capital nos Emirados Árabes. Por conta de sua localização geográfica estratégica entre os mercados de Europa, Ásia Oriental e África e maciços investimentos no setor de serviços e infra-estrutura é considerado um mercado seguro, estável e promissor, justificando a importância do Oriente Médio para as Relações Internacionais.


Dica de vídeo: Águas de Março em hebraico

Interpretação de Águas de Março em hebraico


Alunas e professora do quarto semestre de Relações Internacionais

Adriana Galvez, Rainne Feitoza, Jaqueline Gonçalves e Fábio Cordeiro


Nenhum comentário:

Postar um comentário